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Mercado de cafés especiais ganha cada vez mais opções com espaços gastronômicos especializados.

Que o café está entre as bebidas favoritas do brasileiro, não é novidade. Mas cada vez mais vemos consumidores buscando por mais informação e qualidade no café consumido diariamente.

Diversas pesquisas demonstram esse aumento, como o levantamento da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e uma pesquisa do Instituto Capixaba de Pesquisa, que demonstraram um crescimento médio de 15% ao ano na procura por grãos de alta qualidade.

Os cafés especiais do Espírito Santo e Minas Gerais vem ganhando destaque no cenário brasileiro e mundial. A região, que já era referência no setor, vem se especializando no cuidado atencioso com grãos selecionados. Esse tratamento é que vai ser responsável por uma melhor classificação dentro das normas da ABIC — Associação Brasileira da Indústria do Café. O Selo de Pureza da ABIC, que entrou em vigor após a criação do Programa de Auto fiscalização da Indústria de Café em 1989, foi uma forma de manter certa qualidade das produções nacionais.

A principal diferença entre um café tradicional e o café especial é a presença de impurezas. O primeiro acaba levando em sua composição grãos inferiores e deixando passar imperfeições que modificam o produto final, perdendo em aroma, textura e sabor. O Selo de Pureza garante que o café não tenha outros grãos na composição, como milho ou soja, ou mesmo cascas de café e galhos da árvore. Esse café tradicional muitas vezes passa por uma torra intensa que dá mais amargor e menos complexidade.

O consumidor brasileiro tem notado a grande diferença para o café especial, que tem maior cuidado desde o plantio (atentando para clima, solo e região) até uma torra que respeita as propriedades de cada tipo de grão. Valorizando esses detalhes, é possível produzir cafés com maior variedade de sabores e aromas, ampliando o mercado e conquistando um público fiel ao produto de alta qualidade.

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