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Criada em 1995, a primeira versão da Roda de Aromas e Sabores do café surgiu para padronizar a nomenclatura utilizada para definir perfis de cafés especiais.

 

Como descrever o perfil sensorial (aroma e sabor) de um café em diferentes idiomas e culturas? Esse foi o desafio do mercado de cafés especiais para comercializar cafés finos no mundo todo. Era necessário estabelecer uma nomenclatura padrão para que todos falassem a mesma língua, a língua do café!

Nesse contexto, a primeira versão da Roda de Aromas e Sabores do café (Coffee Taster’s Flavor Wheel) foi lançada em 1995 pelo norte-americano Ted Lingle. O então diretor executivo da SCAA, Associação Americana de Cafés Especiais, fez parceria com a cientista Ann Noble Davis da Universidade da Califórnia, que já tinha desenvolvido a Roda de Sabores do Vinho. A primeira versão da Roda do Café, lançada e publicada pela Associação de Cafés Especiais (SCA) é usada largamente até hoje por profissionais do café de todo o mundo.

Ao contrário do sistema de classificação COB (Classificação Oficial Brasileira) , que avalia grãos defeituosos, a metodologia SCA foca nos atributos sensoriais e guia os degustadores por meio da Roda de Sabores e Aromas do Café. Basicamente, ela se organiza em dois grandes grupos:

• Sabores, que se dividia em doce, salgado, amargo e azedo;
• Aromas – que se dividia em cheiros de origem enzimática, caramelização e destilação seca.

Ao degustar o café, o primeiro passo é identificar esses grandes grupos e depois aprofundar a descrição dos aromas e sabores de cada subgrupo. Esse método orientou profissionais do mercado por duas décadas até que o sistema de avaliação foi atualizado em 2016. O número de 110 novos atributos ou descrições foi acrescentado formando outro layout da Roda de Aromas e Sabores do café conforme a foto abaixo:

flavor wheels-scaa

Segundo o site oficial da SCA, esse é um trabalho que deverá ser constantemente atualizado à medida que novas descobertas são feitas no mundo de cafés especiais. A versão mais atualizada foi resultado de um trabalho feito por muitos pesquisadores e especialistas da indústria do café e com parcerias com a World Coffee Research, encabeçada por Edgar Chambers, da Kansas State University, também a Texas A&M e a própria Universidade da Califórnia, em Davis.

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