Para atenuar os efeitos nocivos ao meio ambiente, a empresa nat-2 resolveu recorrer ao café como matéria-prima para a produção de calçados. Empreendedorismo criativo, gostamos.
O empreendedor alemão Sebastian Thies uniu estilo e sustentabilidade no mais novo lançamento de sua empresa, a nat-2: calçados confeccionados a partir de sobras de café, utilizando restos de pó, plantas e grãos que não são aproveitados na produção da bebida.
Os produtos são unissex e 100% veganos – ou seja, não têm nenhum material de origem animal em sua composição – e os resíduos do café cobrem até 50% de toda a sua superfície, dependendo do modelo. Até o aroma de café está presente nos calçados, que têm estilo casual e aparência semelhante à de produtos de couro.
Thies desenvolveu a novidade na Alemanha, mas os sapatos hoje são produzidos artesanalmente em uma oficina familiar na Itália, afirma a nat-2 em seu site. O tipo de café usado nos calçados varia conforme a disponibilidade nos diferentes momentos do ano.
Outros aspectos sustentáveis são o uso de garrafas PET recicladas e cola livre de qualquer ingrediente animal. A borracha utilizada na sola é 100% real, sem o uso de sintéticos.
Na loja virtual da companhia, os sapatos são vendidos por 390 euros o par.
A nat-2 foi criada em 2007 por Thies, que faz parte da sexta geração de uma família tradicionalmente dedicada à produção de sapatos.
O apelo sustentável está presente desde o início da operação da empresa, que também produz calçados a partir de madeira reciclada, cogumelos e outros materiais.
Sustentabilidade
O primeiro lote dos sapatos de pó de café foi inteiramente vendido, logo após o lançamento. Além do pó de café e garrafas reutilizadas, são usadas também borrachas não sintéticas e cola a base de água em sua confecção. A empresa que teve a iniciativa criativa é italiana e tem a tecnologia que minimiza o dióxido de carbono.
O produto mostrou ao mundo que existem formas de diminuir a agressividade das indústrias e se tornar sustentável. A indústria da moda é a segunda mais agressiva ao meio ambiente, ficando atrás apenas da petrolífera.